
O dia hoje é de luto mesmo. Que tragédia essa de Goiânia, em que um aluno de 14 anos atirou contra um colega, matando-o e depois em vários outros! Dois morreram na hora, quatro estão feridos no hospital. Ainda tentou recarregar a arma, que era de sua mãe policial, para atirar mais em colegas e depois a colocou na sua cabeça, para se matar. Foi dissuadido pela coordenadora que o levou para biblioteca e a quem ele pediu para chamar a polícia.
Logo se falou em bullying e parece mesmo que está confirmado que o menino sofria bullying, principalmente por parte desse colega que foi o primeiro a morrer. O bullying, ao que parece, era porque cheirava mal, tinha cecê. Chegaram até a borrifar um desodorante perto dele.
O bullying sofrido certamente foi o deflagrador dessa tragédia. Não sabemos ainda detalhes sobre esse garoto, mas provavelmente teria um quadro depressivo ou qualquer coisa parecida.
Há anos trabalho com bullying e ainda fico estupefata como as ações para combatê-lo na escola ainda são ínfimas. Muitas vezes, é verdade, não dá para perceber o bullying, já que quem o pratica é ardiloso e consegue fazer de maneira dissimulada.
Mas neste caso de que estamos falando, era notório. Todos os colegas logo falaram nisso. E o que fizeram? Se acovardaram ou foram plateia pra quem praticava, dessa forma servindo como estímulo?
O que a escola fez?
Na tragédia de hoje, a coordenadora foi a heroína. Tinha bom relacionamento com o aluno e conseguiu evitar a tragédia maior.
Vamos acreditar que o bullying pode, sim, levar a assassinatos, a suicídios e que sempre é motivo de muito sofrimento para quem sofre. Quem pratica também merece muita atenção por parte dos educadores.
Acredito que o bullying tende a aumentar nessa época conturbada que estamos vivendo. Nossos jovens e nossas crianças não têm modelos positivos em que se espelhem, só enxergam violência por todos os lados, por parte dos bandidos e também dos detentores do poder. As redes sociais disseminam o ódio, não aceitam uma opinião diferente, divisão completa.
Senhores pais, senhores educadores, não esperem as tragédias acontecerem! Fiquem atentos ao comportamento de seus filhos e alunos! Tomem atitudes, não sejam daqueles que dizem que o bullying é normal e que faz parte da vida escolar.
Não se esqueçam, por favor, BULLYING NÃO É BRINCADEIRA.
